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Momentos Especiais

Posted by Cintia Pires de Almeida on 06:07

Hoje acordei com tantas saudades, saudades nos meus amigos de infância, do bairro onde morei quando criança, Granja Portugal era o nome do bairro em Fortaleza-CE. Eita! Pessoalzinho legal os meus vizinhos, a rua larga sem asfalto ainda ótimo para brincar, eu e meu irmão Marcos corríamos brincando de pique-pega, pique-alto com os filhos da D. Isone (esposa do leiteiro do bairro), ela tinha tantos filhos! Cláudio, Carlinhos, Cleber, Claudenis, Claudia... e o engraçado que todos começavam com a inicial do nome em “C”, acho que deu pra perceber, a Rua Londrina era a rua onde morávamos, particularmente eu já pequena achava lindo esse nome, era uma rua bem larga que futuramente seria uma avenida, ela ainda não tinha asfalto e isso é que a tornava especial, ótima pra correr e brincar de pique-pega, pique-alto, porque não esquentava e assim poderíamos correr descalço. Eu e meu irmão Marcos nos divertia muito lá, depois que chegávamos da escola, fazia nossas tarefas escolares e à noitinha perto do horário da minha mãe chegar do trabalho ficávamos brincando, e claro sempre sendo monitorados pela D. Antonina nossa avó paterna, ela que sempre ficava com a gente na parte da tarde pois nossos pais trabalhavam fora.
Falei do trabalho que ficávamos esperando nossa mãe brincando e tive uma lembrança: Lá vem ela vindo, já é umas 18:10hs mais ou menos, chegando a noite, meu turvo ainda, com um pouco de claridade do sol que acabou de se pôr. Nossa sempre era a mesma felicidade, deixávamos tudo e todos com quem estávamos brincando e corríamos para abraçá-la e ela como sempre, mesmo cansada ficava alegre abrasava nos dois e tirava algo da bolsa pra gente, às vezes era chocolate ou algum tipo de doce, que ela comprava nas Lojas Americanas, próximo da confecção de onde ela trabalhava, ou quando ela saia tarde passava na padaria do GG e trazia sonho ou aqueles pãezinhos doces bem quentinhos, Hummm que aroma agradável.
Então nos despedia a nossa avó e entravamos para casa com nossa mãe, ela ia tomar banho e ficar com minha irmã casula; Raquel. E começava então outra brincadeira como ela era pequena e boba ainda nós nos escondíamos e ela ficava procurando, já era mais ou menos 20:00h, ouvíamos o portão abrir todos eu e meus dois irmãos se escondíamos, já sabíamos quem era; Esse movimento todo era por causa da chegada do meu pai, parece meio assustador mais era tudo uma brincadeira, meu pai sempre tímido e calado quando chegava guardava as coisas dele, e quando percebia que nós estávamos escondidos começa a procurar, sei que as vezes ele enxergava o braço de um, ou a perna de outro, mas ele continuava à procura, isso fazia com que ficássemos com uma adrenalina a flor da pele, o coração quase saindo pela boca! Então a mãe chamava pra jantar e ele nos encontrava de vez.
Parece meio engraçado, pois hoje já casada, a Sofia minha filha de 02 anos as vezes quando escuta o pai dela chegar e me puxa pelo braço e corre pra se esconder, assim o pai dela quando à encontra pega ela no braço e beija.
Saudades tenho daquele lugar especial da minha infância, só aquele lugar era assim o dia era longo, noites aconchegantes, visinhos especiais que alegrava nossos dias. Desde que nasci vivi naquela casa, foi muito difícil sair dali, é tanto que ainda hoje tenho saudades... Afinal acho que todos nós temos saudades de nossa infância quando é bem vivida. E isso é o que eu procuro dá a minha filha uma infância feliz, ela ainda não percebe isso mais um dia ela vai lembrar de cada detalhe que se passou na vida dela, e vai sentir a mesma sensação boa que estou sentindo!

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2 Comments


Este comentário foi removido pelo autor.

Texto muito interessante. Uma verdadeira crônica... bjs

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