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Divisão pelo sonho do desenvolvimento ou pela ambição de uma minoria?

Posted by Cintia Pires de Almeida on 21:45

A realização do plebiscito para decidir a questão separatista do Pará é louvável, pois mostra que somos de fato uma república democrática com o direito de escolher o que é melhor, ou não, para si. Mas será que o povo do Pará está mesmo ciente das vantagens ou desvantagens que acompanham a decisão da criação de mais dois estados: o de Carajás e o de Tapajós? Ou será que uma minoria está usando esta questão como manobra política em busca de interesses pessoais?

O movimento separatista do Pará não é novo e vem ganhando mais adeptos ao longo dos anos. Seus militantes usam o argumento de que o Pará pelo fato de possuir dimensões continentais nunca terá uma administração uniforme por parte dos governos. Este argumento pode ser questionado levando em conta que não são, necessariamente, as dimensões de um estado que determinam se ele será bem ou mal administrado. Se assim o fosse, estados bem menores estariam livres de sérios problemas pelos quais passam atualmente.

O anseio pelo desmembramento do Pará e criação de mais dois estados deve ser respeitado, porém é preciso que se saiba que a criação desses estados acarretaria numa dependência muito grande de repasses federais, já que estudos mostram que essas regiões (Baixo Amazonas, Sudoeste Paraense e Sudeste Paraense) possuem um baixo poder de arrecadação de tributos. É preciso que se saiba também que cada estado brasileiro possui um custo fixo anual de cerca de 900 milhões de reais. Caso seja decidida a criação dos novos estados, a implantação de prefeituras, secretarias e pessoal para compor o quadro de servidores públicos necessitaria de quantias federais astronômicas. O economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Rogério Boueri, disse ao G1 que “caso cheguem a ser criados, os estados de Carajás e Tapajós serão economicamente inviáveis e dependerão de ajuda federal para arcar com as novas estruturas de administração pública que precisarão ser instaladas”. Um detalhe: só o custo para a realização do plebiscito será de 8,5 milhões de reais.

É preciso que haja, antes da realização do plebiscito, um estudo científico profundo e imparcial a respeito da viabilidade da divisão do Pará; e que tal estudo seja repassado de maneira clara à população para que não existam dúvidas com relação a essa importante decisão que irá refletir diretamente na vida de nossos filhos e netos.

CONFIGURAÇÃO DOS NOVOS ESTADOS:

O Estado de Carajás teria 39 municípios e sua capital seria Marabá. Teria área equivalente a 25% do atual território do Pará.
O Estado do Tapajós teria 27 municípios e sua capital seria Santarém. Sua área territorial seria equivalente a 58% do atual território do Pará.

Blog do Michel.


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NÃO E NÃO! NINGUÉM DIVIDE O PARÁ! VOTE 55!

Posted by Cintia Pires de Almeida on 19:16

É compreensível que os moradores do sul e sudeste do Pará enxerguem a divisão como uma esperança de resolução de seus problemas, mas não é justo que o povo do nordeste paraense pague pela má gestão dos diversos governantes que passaram pelo nosso Estado.

Não podemos esquecer de que é desonesto o discurso de que o sul do Pará é só desgraça e que o nordeste paraense (onde moramos) é uma maravilha. Também temos problemas de estradas esburacadas, escolas sucateadas e saúde precária, mesmo estando a sede do governo nesta região.

Em vez de se fazer campanha para dividir o Pará, a sociedade paraense deve se mobilizar para acabar com a lei Kandir que, isentando o imposto sobre exportação, faz com que percamos cerca de R$ 2 bilhões por ano. Recurso este fundamental para nosso Estado.

Deve lutar para mudar o modelo econômico buscando indústrias para agregar valor ao nosso minério e ao mesmo tempo gerar emprego e renda. Um modelo que seja pautado na desconcentração das terras e das riquezas.

Não nos iludamos. Se o Pará for dividido não haverá volta.

5 MOTIVOS PARA NÃO DIVIDIR NOSSO ESTADO

1. Se o Estado for dividido, o Pará ficaria com apenas 17% do seu território, com a maioria dos municípios (78), com mais de 4 milhões de habitantes (64% da população atual) e por conta de grande perda da arrecadação do minério que ficaria em Carajás, ficaria com muito menos recursos para resolver nossos problemas sociais que já não são pequenos.

2. O Pará assumiria sozinho à dívida de quase R$ 1 Bilhão que por força da lei 9.496 contraiu obrigatoriamente em meados da década de 90 para estabilização da economia. Sendo o crescimento desta dívida 127.35 %.

3. De acordo com estudos do IPEA o Pará por perder receitas progressivamente teria em média um saldo negativo (dívida) de R$ 800 milhões por ano.

4. O Estado de Tapajós teria de gastar 1,9 bilhões por ano (44% do seu PIB) só apenas com o custeio da máquina pública e Carajás R$ 3,7 Bilhões (19% do seu PIB).

5. Se o Pará é campeão em concentração de terra, trabalho escravo e violência no campo devemos aos madeireiros, latifundiários e grileiros do sul do Pará. Os mesmos que querem (direta ou indiretamente) governar o Carajás, caso seja criado.

VOTE NÃO E NÃO! VOTE 55!

Fontes consultadas: http://gazetaonline.globo.com;

http://www.divida-auditoriacidada.org.br/: A dívida dos Estados com a União por João Pedro Casarotto;

http://www.brasil-economia-governo.org.br

http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/tds/TD_1367.pdf por Rogério Boueri.

Partido Comunista do Brasil

Ipixuna do Pará


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