NÃO E NÃO! NINGUÉM DIVIDE O PARÁ! VOTE 55!
É compreensível que os moradores do sul e sudeste do Pará enxerguem a divisão como uma esperança de resolução de seus problemas, mas não é justo que o povo do nordeste paraense pague pela má gestão dos diversos governantes que passaram pelo nosso Estado.
Não podemos esquecer de que é desonesto o discurso de que o sul do Pará é só desgraça e que o nordeste paraense (onde moramos) é uma maravilha. Também temos problemas de estradas esburacadas, escolas sucateadas e saúde precária, mesmo estando a sede do governo nesta região.
Em vez de se fazer campanha para dividir o Pará, a sociedade paraense deve se mobilizar para acabar com a lei Kandir que, isentando o imposto sobre exportação, faz com que percamos cerca de R$ 2 bilhões por ano. Recurso este fundamental para nosso Estado.
Deve lutar para mudar o modelo econômico buscando indústrias para agregar valor ao nosso minério e ao mesmo tempo gerar emprego e renda. Um modelo que seja pautado na desconcentração das terras e das riquezas.
Não nos iludamos. Se o Pará for dividido não haverá volta.
5 MOTIVOS PARA NÃO DIVIDIR NOSSO ESTADO
1. Se o Estado for dividido, o Pará ficaria com apenas 17% do seu território, com a maioria dos municípios (78), com mais de 4 milhões de habitantes (64% da população atual) e por conta de grande perda da arrecadação do minério que ficaria em Carajás, ficaria com muito menos recursos para resolver nossos problemas sociais que já não são pequenos.
2. O Pará assumiria sozinho à dívida de quase R$ 1 Bilhão que por força da lei 9.496 contraiu obrigatoriamente em meados da década de 90 para estabilização da economia. Sendo o crescimento desta dívida 127.35 %.
3. De acordo com estudos do IPEA o Pará por perder receitas progressivamente teria em média um saldo negativo (dívida) de R$ 800 milhões por ano.
4. O Estado de Tapajós teria de gastar 1,9 bilhões por ano (44% do seu PIB) só apenas com o custeio da máquina pública e Carajás R$ 3,7 Bilhões (19% do seu PIB).
5. Se o Pará é campeão em concentração de terra, trabalho escravo e violência no campo devemos aos madeireiros, latifundiários e grileiros do sul do Pará. Os mesmos que querem (direta ou indiretamente) governar o Carajás, caso seja criado.
VOTE NÃO E NÃO! VOTE 55!
Fontes consultadas: http://gazetaonline.globo.com;
http://www.divida-auditoriacidada.org.br/: A dívida dos Estados com a União por João Pedro Casarotto;
http://www.brasil-economia-governo.org.br
http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/tds/TD_1367.pdf por Rogério Boueri.
Partido Comunista do Brasil
Ipixuna do Pará